segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Papai, para Você

Fugindo um pouco do assunto casamento, mas um assunto que mexe muito comigo e com qualquer Noiva, o PAI...
Meu pai faleceu a longos e tristes 13 anos, recem completados. Deixou mulher e 2 filhas, que na época e ainda hoje, precisavam muito da figura de um pai.
Não desmerecendo o amor e carinho que o "pai"drasto José Otávio Farias nos tratou, mas o pai era necessário.

Ele, Papai, nos deixou muito cedo, assim como vocês lerão no texto abaixo, nos deixou prematuramente... sem ao menos podermos falar o quanto que nós o amávamos...

Hoje sinto uma falta inexplicável, uma necessidade sub-humana de falar o quanto o amo, o quanto queria que ele, papai, estivesse aqui no meu dia de rainha, mas posso afirmar, mesmo sendo católica, acredito que quando estiver entrando pela igreja, com meu padrinho, papai vai estar lá, ao meu lado tbm, me conduzindo até o amor da minha vida, para que sejamos felizes e nos amemos para a vida toda!


Hoje fazem 13 anos que você me deixou...E estou sentindo tanta sua falta...
Falar que te perdi é falar em solidão, tristeza, desesperança, medo. Vc partiu sem ao menos eu me despedir...Eu estava te esperando...Vc disse que voltaria...Vc me deixou prematuramente, e ao menos estava preparada.
Vc se mudou para tão longe, e eu nem ao menos eu posso ir te visitar... Vc provocou em mim uma sensação de vazio. Vc sabia que eu fui te visitar? Eu te achei...Mais não era mais vc...


E eu to sentindo tanta a sua falta...
E porquê isso? Porque sofro tanto, eu já sabia estas perdas ou partidas inesperadas são inerentes á vida, e que portanto, náo podemos controlá-las...Não sei... Mas, o que me parece mais coerente é que nunca estarei pronta para me acostumar com a falta dos quem eu amo. Por mais que eu saiba, que a qualquer momento eles me faltarão, tenho sempre a predisposição em acreditar que quem eu amo nunca me traíra , nunca me privará do seu carinho, afeto e amor.
Que bobagem. São justamente os que eu mais amo, que mais me machucarão com suas partidas inesperadas. É vc se foi sem aviso prévio, e levou a minha felicidade, a fé na vida, o equílibrio ...
O que eu faço? Não me permito mais gostar de alguém pelo simples fato de que serei, mais cedo ou mais tarde, deixada para trás na vida, entregue á minha angústia e remorso por não termo dito tudo ou não ter feito o suficiente?
Um amor de pai...A perda...É inevitável; o sentimento não. Deve de ser exercitado, todos os dias de nossas breves vidas. Mais alguém me roubou essa chance e eu não posso mais exercitar meu amor, meu carinho e meu respeito por vc...
Esta, foi a maior lição que vc me deixou: Lembrar que devo sempre curtir aqueles que amo com a intensidade proporcional á brevidade de uma vida. Porque quando nos faltarem, saberemos que amámos e fomos amados, que demos e recebemos todo carinho esperado, que construímos um sentimento que nenhuma perda poderá apagar. Este sentimento transcende o espaço e o tempo, não se limita ao contacto físico.


(Texto escrito dia 23/10 pela minha irmã Janaina, no dia que completou 13 anos da morte do Papai, Henrique Moreno!)

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